Pandemia traz mudanças no consumo e nas finanças pessoais
A pandemia do novo coronavírus trouxe consigo mudanças na forma das pessoas de relacionarem e consumirem.
A pandemia do COVID-19 não apenas transformou a maneira como nos relacionamos e interagimos socialmente, mas também redefiniu nossos padrões de consumo e comportamento financeiro. Uma pesquisa conduzida com 1.086 usuários do Mobills, um aplicativo de gestão de finanças pessoais, revela um cenário de substituição de gastos. Paralelamente, dados do Banco Central evidenciam que os brasileiros estão poupando em níveis sem precedentes.
Mudanças no padrão de gastos
Carlos Terceiro, CEO da Mobills, destaca os principais pontos identificados pela pesquisa do aplicativo. Houve uma redução significativa nos gastos relacionados a transporte, restaurantes, lazer e vestuário. Em contrapartida, observou-se um aumento nos gastos com supermercado e contas de consumo, como água, energia e gás.
Impacto nos segmentos econômicos
Entre os diversos setores analisados, o segmento de transporte foi o mais afetado, registrando uma considerável retração. Durante o período de janeiro a maio, os gastos com serviços de transporte, como Uber e 99, despencaram. Os gastos com Uber, por exemplo, tiveram uma queda de 69,8%, enquanto os gastos com 99 reduziram em 45%.
Mudança de hábitos e oportunidades
A pesquisa também revelou uma mudança significativa na maneira como as pessoas consomem. Entre janeiro e maio, os gastos com os principais aplicativos de entrega de alimentos aumentaram quase 95% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Carlos Terceiro destaca que, além do aumento nos gastos com delivery, essa nova dinâmica de consumo criou oportunidades para a geração de renda adicional. Durante a pandemia e o período de quarentena, empresas como Rappi e iFood testemunharam um aumento significativo no número de contratações e entregadores.
Desafios financeiros e perspectivas futuras
A mudança nos padrões de consumo teve reflexos diretos na economia, com um aumento sem precedentes na taxa de poupança dos brasileiros. Em junho, os depósitos em caderneta de poupança superaram as retiradas em R$ 20,5 bilhões, segundo dados do Banco Central.
Para Alessandro Azzoni, advogado e economista, esse aumento na poupança reflete a insegurança da população diante da incerteza econômica gerada pela pandemia. Mesmo com a reabertura parcial das atividades, as pessoas estão preferindo manter uma reserva financeira como precaução.
Perspectivas de recuperação econômica
Azzoni projeta um segundo semestre marcado pela estagnação econômica, com perda de PIB e empregos. A incerteza em relação ao futuro está dificultando a retomada dos níveis de consumo pré-pandemia. O desafio para os governos e empresas será convencer os consumidores a gastar e, assim, impulsionar a recuperação econômica em meio a um cenário de oscilação e instabilidade.
A pandemia não apenas alterou nossos padrões de consumo, mas também redefiniu nossas prioridades financeiras, destacando a importância da precaução e da adaptação em face de um cenário econômico incerto.
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